Respeitadas as particularidades de cada empresa e cada região do país, aos poucos os empregadores começam a estruturar o retorno ao trabalho presencial. O restabelecimento é gradual, porque ainda não se sabe como estará o cenário epidemiológico no país a médio prazo. O que não dá é pra ficar parado: é preciso repensar as estratégias para garantir um ambiente seguro na retomada pós-pandemia de coronavírus.
A forma como a empresa vai lidar com o retorno ao trabalho presencial varia muito conforme a atividade econômica.
Vamos separar aqui as principais recomendações para o retorno ao trabalho na indústrias, comércios e escritórios – e também algumas sugestões genéricas, ligadas a qualquer ambiente de trabalho.
As indústrias, por estar instaladas em plantas maiores e com mais funcionários, devem ficar atentas para evitar aglomerações nos ambientes comuns. Uma estratégia possível é ampliar os turnos de trabalho, para dividir as equipes e diminuir a convivência entre os trabalhadores mesmo depois da pandemia.
A limpeza precisa ganhar uma atenção especial nos ambientes coletivos, como refeitórios e vestiários. Dispensers de álcool em gel podem ser instalados nas saídas e entradas destes espaços, a fim de lembrar o colaborador sobre seu uso.
Em um primeiro momento, a recomendação é para que os trabalhadores que fazem parte do grupo de risco não voltem ao trabalho presencial. Como a previsão é a de que passemos por pequenas quarentenas intermitentes até a descoberta de uma vacina ou da cura para a doença, nada garante que a transmissão não vai continuar após o fim do estado de calamidade. Preservar a integridade destes trabalhadores (e dos demais, claro) é primordial.
A indústria pode ainda incluir no itinerário de cursos e capacitações noções básicas e essenciais de higiene e de formas de amenizar o contágio.
Se a empresa possui ônibus para buscar e levar trabalhadores, a orientação é para que o número de veículos utilizados seja dobrado. Ou seja, se a indústria possui um ônibus para buscar a equipe, é preciso disponibilizar mais um para dividir os assentos e evitar aglomerações dentro do coletivo.
As medidas parecem exageradas, mas a contaminação de um indivíduo pode levá-lo a ter que paralisar toda a empresa novamente.
A abertura ou não do comércio varia conforme as determinações de cada região do país. No último dia 26 de junho, por exemplo, o governo do Estado flexibilizou os serviços que podem funcionar na capital, mas recrudesceu no interior.
Supondo que você possa reabrir seu estabelecimento, aqui vão algumas orientações.
O controle de pessoas em circulação faz muito sentido, contanto que você consiga manter uma rotina periódica de limpeza entre uma liberação e outra. Estabelecimentos pequenos podem montar esquema para atender na porta ou na calçada. Já comércios maiores podem monitorar a temperatura dos clientes e investir em entregas e vendas eletrônicas durante e depois da pandemia.
Álcool em gel precisa ser disponibilizado à vista do cliente, e a orientação para o uso de máscara é clara: mesmo que seu Estado não a tenha obrigado, a sugestão quanto ao uso demonstra asseio do comerciante.
Os funcionários podem se revezar mais vezes, incluindo dias alternados ou a criação de novos turnos.
Vale lembrar que as mudanças na legislação trabalhista durante este período de exceção permitem a redução de salários (linkar com texto anterior) – uma prática que pode ser adotada em último caso, inclusive para espaçar o contato entre os colaboradores e os clientes.
Mesmo depois da pandemia, é provável que empresas mantenham o teletrabalho para parte do time de colaboradores.
No trabalho presencial, alguns cuidados precisam ser tomados, como o distanciamento entre mesas e cadeiras e o controle de limpeza de áreas comuns e que, no ambiente corporativo, costumam ser pequenas – como o espaço do café ou a cozinha.
Os funcionários podem ser orientados a usar os próprios copos e canecas para tomar água e café, manter distância segura entre as mesas e buscar formas escalonadas de fazer refeições e reuniões. Talvez sejam necessárias pequenas adaptações estruturais.
Em um primeiro momento, trabalhadores com sintomas de gripe ou resfriado precisam ser afastados. Gestantes e idosos precisam de cuidados especiais – verifique a possibilidade de mantê-los em home office.
Trata-se de um período excepcional, que vai passar, mas que exige bastante resiliência e paciência por parte do empregador. O retorno não acontecerá dentro da normalidade e vai demorar para as coisas serem como antes. Enquanto esse dia não chega, investir em prevenção é o melhor a ser feito.
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Este post foi modificado em 03/07/2020
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