Como já vimos por aqui, há uma certa redução do conceito de biometria à identificação feita pelas impressões digitais. Sobretudo no Brasil, esse reducionismo ocorre em função da modernização de alguns procedimentos governamentais – como a filiação eleitoral – que levou muita gente aos cartórios para atualizar o título por meio das digitais.
Mas, até o recadastramento da Justiça Eleitoral se valeu de outras formas de biometria, como o reconhecimento facial.
Ou seja, a identificação por meio da biometria leva em conta características que nos são únicas ou praticamente irrepetíveis em uma amostra muito grande – ou seja, mesmo que duas pessoas tenham as mesmas características em todo o mundo, trata-se de uma margem de erro muito estreita e uma coincidência que raramente cria transtornos.
Um eficiente levantamento biométrico é composto por três estágios: captação (obtenção do dado), extração (reprodução deste dado) e padronização (conversação em um formato que possa ser armazenado com segurança).
De reprodução simples, é adotado desde a pré-história até hoje. Entre os maiores inconvenientes estão a possibilidade de fraude na reprodução e a dificuldade que algumas pessoas encontram na “leitura dos dedos” por falhas nas digitais desde nascença ou por acidentes e uso de produtos químicos.
Trata-se de um reconhecimento em 2 ou 3 dimensões (2D/3D) que mapeia os traços e as principais características do nosso rosto. Muito utilizado na segurança de ambientes coletivos e na liberação de dispositivos móveis, é considerado um método mais moderno – embora eventualmente criticado pelo potencial invasivo.
Embora haja bons imitadores na internet, a voz é uma característica única dos seres humanos, porque depende de um arranjo vocal formado entre cordas vocais, laringe e formato da boca. O limitador desta tecnologia é o fato de que a nossa voz, embora única, muda com o tempo por conta do envelhecimento, tabagismo ou outras circunstâncias.
A íris (parte colorida dos olhos) e a retina (fundo dos olhos) são únicas. Por meio da luz infravermelha (utilizada em exames oftalmológicos, por exemplo), é possível verificar o formato e o desenho formado pelos vasos sanguíneos nessas duas partes do olho.
A combinação entre o tamanho dos dedos, o desenho das articulações e o formato da mão em si não se repete de pessoa para pessoa – e por isso oferece um modelo biométrico. Relativamente caro, depende muito da posição em que a mão é “lida” para ser reconhecido novamente nas captações seguintes.
A leitura do “desenho” do sistema vascular, do formato e do tipo de pisada dos pés e o reconhecimento de odores do corpo são sistemas em estudo e que têm finalidades específicas, mas que também têm em comum a unicidade desejada ao estudo biométrico.
Na medicina e na veterinária, a biometria morfológica é utilizada para estudos clínicos – ou seja, não têm relação com a identificação, e sim com o caráter único do indivíduo.
Este post foi modificado em 27/05/2020
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